Cornucópias de Alcobaça
Categoria: Doçaria Regional

LEGADO DOS MONGES E MONJAS CISTERCIENSES

A doçaria conventual portuguesa, originária de conventos e mosteiros, conta com muitos séculos de história. Das mãos dos monges e das monjas criaram-se doces e licores verdadeiramente divinais. Uma história de árduo labor, paciência e saber fazer, que engrandeceu a gastronomia portuguesa reconhecida internacionalmente.

 

imagem representação de vencedor
Leiria
Região
Alcobaça
Autarquia
498.660
Consumidores Envolvidos

Estudo de mercado massificado junto de uma amostra representativa da população portuguesa.

Porquê as Cornucópias de Alcobaça?

O território de Alcobaça foi administrado pelos monges de Cister durante vários séculos, concretamente entre o século XII e o século XIX. Junto das populações locais imprimiram o saber fazer numa vasta região de cariz fortemente agrícola. Foi este conhecimento, trabalhado em terrenos férteis que tornou este território reconhecido pelos produtos agrícolas e pela sua gastronomia. A abundância e qualidade da saborosa e variada fruta (como as maçãs, peras, ameixas e pêssegos) e o vasto conjunto de hortícolas e leguminosas, ainda hoje aqui produzidos, é disso testemunho.

Além da fruticultura, onde se destaca a Maçã de Alcobaça, também os Doces Conventuais representam uma forte marca gastronómica do concelho, com destaque para as Cornucópias, as Delícias de Frei João, o Pudim de Ovos dos frades de Alcobaça, as Queijadas do Bárrio, as Gradinhas de Alcobaça, os Tachinhos à Dom Abade e o Pão de Ló de Alfeizerão.

Várias casas e pastelarias do concelho de Alcobaça conservam ainda hoje a tradição dos Doces e Licores Conventuais dos Mosteiros de Alcobaça e de Coz, de monges e monjas respetivamente.

 

RECEITA CORNUCÓPIAS

20 pessoas

Ingredientes: Para a massa: 250g de farinha; 3 colheres (sopa) de manteiga; 1 colher (chá) de fermento em pó; sal q.b.; água q.b.; azeite ou óleo (para fritar); açúcar e canela (para polvilhar). Para o recheio: 1 chávena (almoçadeira) de doce de ovos-moles. Misture e amasse a farinha, a manteiga, o fermento, o sal e a água até conseguir obter uma massa própria para tender. Tenda a massa com a espessura de cerca de 2 ou 3 mm. Corte em tiras de 1,5 cm de largo, e enrole em espiral, partindo de cima para baixo em forma de cornucópia, aconchegando bem. Frite em azeite ou óleo, ou mistura dos dois, a 160º C. Retire as cornucópias, passe-as por açúcar e canela e recheie com doce de ovos-moles.

Colaboração da D. Paula da «Pastelaria Alcoa», em Alcobaça

(Livro Doçaria Conventual na Mostra de Alcobaça, Texto Editores, 2004)